O primeiro dia foi obviamente de enchente. Já se estava à espera, sendo que os bilhetes tinham esgotado e tive mais ou menos uma hora para estacionar o carro... Valeu a pena. Concerto de Coldplay vai sempre ser um daqueles míticos, que vou contar mais tarde e que vou relembrar todos os momentos que me arrepiaram. Seja a Fix You, cantada aos berros por 52.000 pessoas, com direito a fogo-de-artifício, seja o final da Lost! com balões gigantes a "saltar" de trás do palco, enfim. Valeu a pena.
Chris Martin feliz, durante todo o concerto |
Outra boa surpresa foi o concerto de 30 seconds to mars. Depois de horas de espera (a Fia ia para ver The Pretty Reckless e acabou por arder) lá chegaram claro, ao mesmo tempo que Thievery Corporation... Fui ver o concerto de 30STM para perceber what's all the fuss about. Já tinha ouvido maravilhas do Jared Leto ao vivo por pessoas que estiveram no concerto do Atlântico e portanto tinha que ver com os meus próprios olhos. A verdade é que, para quem é fã, o Jared Leto dá um grande concerto, preocupa-se com o público (aliás passou metade do concerto no meio do pessoal cá em baixo) e canta hit atrás de hit. As miúdas estavam loucas e com razão. (btw, acho que ele é gay. sorry!)
Um dos melhores concertos deste festival foi, sem dúvida, Orelha Negra. Que loucura! O palco Super Bock não estava lotado (shame on Jane's Addiction) e percebeu-se que a maior parte das pessoas que lá andava eram fãs, que sabiam as músicas ou que conheciam o projecto. Foi brutal! Já tinha lido que seria um concerto diferente dos outros, não tinha lido é que ia ser tão bom. Desde Chemical Brothers até Beyonce (podem ver no clip abaixo), foi um bocadinho de tudo, intercalado com as músicas originais que o público tanto gosta.
Aquilo que é bonito de ver no concerto de Orelha é que não são precisas palavras para que a música chegue às pessoas. Ninguém fala. Os instrumentos falam por si. A música fala por si, desperta o corpo, desperta passos de dança, Durante uma hora não se dá uso ao microfone e isso é a enorme mais-valia do projecto. Amo de paixão e sou cada vez mais fã.
Notinhas finais sobre a organização em geral
Organizo eventos for a living e sei perfeitamente o trabalho que dá montar quatro dias de trabalhos, com palcos, luzes, microfones, apresentações, fornecedores, etc. Dá gosto ir a um evento destes e saber que deu um certo trabalho e que foi tudo feito para o público, para que a experiência festivaleira seja das melhores possíveis. Um exemplo rápido disto são as casas-de-banho. Durante anos fui a festivais (não vamos mais longe, até ali no festival da Ericeira há um mês) em que as casas de banho são aquele contentor nojento, onde nem sequer há um autocolismo e está tudo ali à mercê do utilizador que não pagou barato pelo bilhete. No Rock in Rio e aparentemente no Optimus Alive isso não aconteceu, tivémos direito a casa-de-banho à séria e isso é uma grande mais-valia.
Já quanto ao que se passou no palco... Custa-me a acreditar que uma Organização desta natureza não tenha os pormenores dos palcos meses antes do evento. E acredito ainda mais que este foi um problema que podia ter sido evitado. No entanto, com tudo isto, a organização perdeu uns pontinhos, não pelo que aconteceu mas pela maneira como lidou com a situação. Não dar informações às pessoas que estavam literalmente há horas à espera foi o maior erro. Miúdas - fãs à séria - sentadas na primeira fila ficaram horas ao sol, horas ao frio da noite à espera dos concertos que pagaram para ver. E convinhamos, o preço dos bilhetes do Optimus Alive é um atentado à altura de crise em que vivemos. Se a cultura deve ser para todos, o preço também pode ser mais para o bolso de todos. €50 por bilhete diário? A sério? O Rock in Rio custa mais ou menos o mesmo e é brutal em termos de bandas. O Optimus Alive também o foi (o alinhamento dos quatro dias era muito bom) mas não é comparável.
Além das horas sem informações no recinto, foi cometido outro erro que pode vir a custar caro à organização. Durante meses, a presença no facebook foi diária, o contacto com o consumidor obrigatório e, enquanto se venderam bilhetes, qualquer dúvida era respondida rapidamente na página oficial do evento. A partir do momento em que começaram a chover pedidos de reembolso e fãs a comentarem o "vergonhoso" que foi o dia 8, a Optimus simplesmente, calou-se. Vivemos numa época em que a presença nas redes sociais é o espelho das empresas/bandas/pessoas. A relação com o consumidor é enaltecida, qualquer pessoa pode pedir uma informação e ver a sua questão ser rapidamente respondida. Isto deveria acontecer para o bem e para o mal. O caso Ensitel veio ensinar muito aos que trabalham nesta área e a Optimus devia começar rapidamente a responder às pessoas...
Fora tudo isto, o Festival em si foi bom e para o ano, lá estarei :)
E vocês, foram? O que acharam?
1 comentário:
Só fui no 1º dia e amei! :D
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